MEIO AMBIENTE.
quarta-feira, 4 de julho de 2012
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Uma aula diferente e criativa...
UMA AULA DIFERENTE!!
Nas aulas de química geralmente o professor utiliza o quadro negro e alguns exemplos encontrados nos livros para explicar o que é uma solução saturada!
Nossa ideia é que o professor vai explicando devagar e conforme as etapas do videozinho abaixo! Eles ficam atentos e curiosos e procuram encontrar o resultado!
A aula fica mais interativa e eles compreendem mais esta parte fundamental da matéria....
http://www.labvirtq.fe.usp.br/simulacoes/quimica/sim_qui_calda.htm
Vídeo - Economia de água
Uma publicação para chamar a atenção de uma forma diferente para a questão economia da água...
quarta-feira, 13 de junho de 2012
quarta-feira, 6 de junho de 2012
escassez de água no futuro
A era da falta d´água
Uma previsão catastrófica marca o colapso da água no mundo para o ano 2025. Foi dada a largada para a corrida em busca de soluções. Veja o que se pode fazer para não entrarmos pelo cano.
por Claudio Angelo, Mariana Mello e Maria Fernanda Vomero
Se você se comove quando vê imagens como esta aí no alto da página, melhor
recolher as lágrimas e guardá-las. Vai piorar. O velho pesadelo dos
ambientalistas de que as reservas mundiais de água doce vão entrar em colapso em
algum momento do século XXI nunca esteve tão próximo de virar realidade. Um
estudo das Nações Unidas divulgado este ano prevê que 2,7 bilhões de seres
humanos – 45% da população mundial – vão ficar sem água no ano 2025. O problema
já afeta 1 bilhão de indivíduos, principalmente no Oriente Médio e norte da
África. Daqui a 25 anos, Índia, China e África do Sul deverão entrar na
estatística. “Nesses lugares, as reservas deverão se esgotar completamente”,
alerta o autor do estudo, o geólogo Igor Shiklomanov, do Instituto Hidrológico
Estatal de São Petersburgo, Rússia.
O precário abastecimento d’água desses lugares vai falir, por vários motivos. “Nos últimos cinqüenta anos, a população mundial triplicou e o consumo de água aumentou seis vezes”, sintetiza o ecólogo paulista José Galizia Tundisi, do Instituto Internacional de Ecologia. Com a população cresce também a agricultura, a atividade humana que mais consome o líquido. “Os países em desenvolvimento vão aumentar seu uso de água em até 200% em 25 anos”, disse Shiklomanov à SUPER.
Gente demais já basta para tornar a situação aflitiva em um terço do planeta (veja o mapa ao lado). Para piorar, a saúde dos rios – as principais fontes de água doce da Terra – está piorando. Metade dos mananciais do planeta está ameaçada pela poluição e pelo assoreamento. Só a Ásia despeja anualmente em seus cursos d’água 850 bilhões de litros de esgoto. E cada litro de sujeira num rio inutiliza 10 litros da sua água. “A humanidade sempre tratou a água como um recurso inesgotável”, explica o hidrogeólogo Aldo Rebouças, da Universidade de São Paulo (USP). “Estamos descobrindo, da pior forma possível, que não é bem assim.” Não se iluda. Vem aí a era da falta d’água.
Mas calma. As previsões são turvas, é verdade. Só que não estamos inexoravelmente condenados a entrar pelo cano. Os mananciais degradados podem ser despoluídos. Novas técnicas de tratamento cada vez mais reutilizam a água do esgoto em países desenvolvidos. Melhoraram, bastante, as condições técnicas e econômicas para a exploração de fontes alternativas, como a dessalinização da água do mar.
E nem só processos caros e sofisticados oferecem soluções para a crise. É o caso da remota vila de Baontha-Koyala, no noroeste da Índia. Seus habitantes não tinham uma gota d’água para beber até meados da década de 80. No final dos anos 90, recuperaram seus lençóis subterrâneos e o principal rio da região voltou a ter água. O que fizeram? Simples. Cavaram poços no quintal das casas para recolher água de chuva. É o óbvio. Mas ninguém havia feito antes. O exemplo serve para o Nordeste brasileiro. É só usar a cabeça.
No final da década de 60, o lençol subterrâneo que abastece a região já estava superexplorado pela irrigação de extensas plantações de laranja. Com a redução do nível do aqüífero, o sal do Oceano Pacífico começou a infiltrar-se ali, ameaçando o abastecimento. Se a fonte fosse contaminada, seria o fim. O condado fica num deserto e depende totalmente da água subterrânea.
Para revitalizar o manancial, os californianos criaram a Fábrica de Água 21, uma usina-piloto de tratamento especializada em purificar esgoto e injetá-lo de volta no solo (veja o infográfico), para reencher o lençol. Hoje, além do aqüífero permanentemente cheio, Orange County evita a contaminação pela água do mar e garante seu próprio abastecimento. Com esgoto? Exatamente. “No subsolo, a água do reúso, devidamente tratada, acaba se diluindo na água fresca subterrânea”, explica Aldo Rebouças, da USP. As próprias rochas do subsolo, que são porosas, ajudam a filtrar naturalmente toda a massa líquida. “Depois de um ano ela está purificada”, diz Rebouças.
Não é só a Califórnia que recicla água. “No Arizona, 80% do esgoto também volta às torneiras”, afirma Andy Richardson, da empresa de engenharia ambiental Greeley e Hansen, em Phoenix. “Reúso é a palavra-chave quando se fala em gestão de recursos hídricos”, ressalta o engenheiro ambiental Ivanildo Hespanhol, da USP. Reciclar água representa não só alívio para as reservas do líquido como também para o bolso do consumidor. Em países ricos e carentes de fontes naturais, como o Japão, a retirada de água fresca dos reservatórios é taxada pesadamente. Sai bem mais barato reutilizar. “Em 1997 o país reutilizou 77,9% de toda a água destinada à indústria”, afirma Haruki Tada, do Departamento de Recursos Hídricos da Agência Nacional da Terra. Os rejeitos da indústria ficam por lá mesmo. São empregados também para lavar os trens e metrôs e irrigar jardins públicos. No Brasil – só pra você acordar –, tudo é feito com água potável.
O Brasil não usa nem 1% do seu potencial de água doce. Ainda assim, metrópoles como São Paulo e Recife enfrentam colapso no abastecimento público. O que acontece? Segundo os especialistas, o problema é só mau gerenciamento. “Temos rios degradados, índices de perda assustadores nas companhias de água e um desperdício inconcebível por parte da população”, enumera José Almir Cirilo, presidente da Associação Brasileira de Recursos Hídricos, em Recife. É claro que o crescimento desordenado das cidades ajuda a piorar. “Sem planejamento não há proteção de nascentes nem dos reservatórios naturais. Isso custa caro para as companhias e para a sociedade, pois depois será preciso despoluir a água ou trazê-la de outro lugar”, diz a coordenadora do Programa Nacional de Combate ao Desperdício de Água, Claudia Albuquerque.
São Paulo, que este ano começou a racionar depois de apenas dois meses de seca, é um caso exemplar. A cidade matou sua maior fonte de água, o Rio Tietê. Hoje, é obrigada a tirar metade do que consome de uma bacia hidrográfica vizinha, a do Rio Piracicaba. A Companhia de Água e Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) fornece a cada um dos 16 milhões de moradores da região metropolitana 370 litros de água por dia – o triplo do mínimo necessário para uso humano. Só que o desperdício na rede de água chega a quase 40% – o equivalente à média brasileira –, enquanto o aceitável no mundo é metade disso! Toda essa água escapa por furos nos canos, redes defeituosas carantes de manutenção e por ligações clandestinas
São Paulo joga fora, por dia, 1 bilhão de litros de água. Isso equivale ao volume da Represa de Guarapiranga, um dos seus quatro reservatórios. Para compensar as perdas, há anos os depósitos são explorados acima da recarga média – tira-se mais água por dia do que os rios e as barragens conseguem repor. Deu no que deu.
As maiores vilãs domésticas são as válvulas convencionais de descarga. Elas usam nada menos que 40% de toda a água da casa. Cada segundo que você fica com o dedo na descarga são 2 litros de água que entram – aliás, saem – pelo cano. Seu amigo israelense ficaria louco.
Para combater o desperdício doméstico, muitos países precisaram baixar leis rigorosas. Nos Estados Unidos, todas as casas construídas depois de 1995 são obrigadas a ter descargas com caixas de 6 litros, bem mais econômicas. “Hoje é proibido até vender peças de descarga convencional no país”, diz Clyde Wilber, da Greenley e Hansen, em Washington. Como as novas caixas são bem mais caras, os americanos tentaram dar um jeitinho: passaram a contrabandear descargas do Canadá. O governo endureceu. “Se alguém te pega com uma válvula convecional na mala, você pode ir pra cadeia”, conta Wilber.
No Japão já existem programas de reciclagem dentro de casa. Além dos canos que trazem água potável, os prédios ganharam um segundo sistema hidráulico, que recolhe e trata a água para o reúso (veja o infográfico). O sistema ainda é experimental e, por enquanto, custa caro. Mas pode ser uma alternativa para aproveitar cada gota num mundo onde o líquido precioso está cada vez mais escasso. Prepare-se. Na era da falta d’água, mesmo você, felizardo brasileiro que possui 16% da reserva potável do mundo, vai pagar mais caro por ela.
http://super.abril.com.br/ciencia/era-falta-d-agua-441456.shtml
O precário abastecimento d’água desses lugares vai falir, por vários motivos. “Nos últimos cinqüenta anos, a população mundial triplicou e o consumo de água aumentou seis vezes”, sintetiza o ecólogo paulista José Galizia Tundisi, do Instituto Internacional de Ecologia. Com a população cresce também a agricultura, a atividade humana que mais consome o líquido. “Os países em desenvolvimento vão aumentar seu uso de água em até 200% em 25 anos”, disse Shiklomanov à SUPER.
Gente demais já basta para tornar a situação aflitiva em um terço do planeta (veja o mapa ao lado). Para piorar, a saúde dos rios – as principais fontes de água doce da Terra – está piorando. Metade dos mananciais do planeta está ameaçada pela poluição e pelo assoreamento. Só a Ásia despeja anualmente em seus cursos d’água 850 bilhões de litros de esgoto. E cada litro de sujeira num rio inutiliza 10 litros da sua água. “A humanidade sempre tratou a água como um recurso inesgotável”, explica o hidrogeólogo Aldo Rebouças, da Universidade de São Paulo (USP). “Estamos descobrindo, da pior forma possível, que não é bem assim.” Não se iluda. Vem aí a era da falta d’água.
Mas calma. As previsões são turvas, é verdade. Só que não estamos inexoravelmente condenados a entrar pelo cano. Os mananciais degradados podem ser despoluídos. Novas técnicas de tratamento cada vez mais reutilizam a água do esgoto em países desenvolvidos. Melhoraram, bastante, as condições técnicas e econômicas para a exploração de fontes alternativas, como a dessalinização da água do mar.
E nem só processos caros e sofisticados oferecem soluções para a crise. É o caso da remota vila de Baontha-Koyala, no noroeste da Índia. Seus habitantes não tinham uma gota d’água para beber até meados da década de 80. No final dos anos 90, recuperaram seus lençóis subterrâneos e o principal rio da região voltou a ter água. O que fizeram? Simples. Cavaram poços no quintal das casas para recolher água de chuva. É o óbvio. Mas ninguém havia feito antes. O exemplo serve para o Nordeste brasileiro. É só usar a cabeça.
Disneylândia toma, feliz, esgoto
reciclado
Os moradores de Orange County, no Estado americano da Califórnia, bebem
esgoto há mais de vinte anos, sem problema. Parece nojento, mas não é. O reúso
foi a solução encontrada para que o lugar não secasse. Seria uma pena. Além de
2,5 milhões de habitantes, Orange County abriga o parque temático mais famoso do
mundo, a Disneylândia.No final da década de 60, o lençol subterrâneo que abastece a região já estava superexplorado pela irrigação de extensas plantações de laranja. Com a redução do nível do aqüífero, o sal do Oceano Pacífico começou a infiltrar-se ali, ameaçando o abastecimento. Se a fonte fosse contaminada, seria o fim. O condado fica num deserto e depende totalmente da água subterrânea.
Para revitalizar o manancial, os californianos criaram a Fábrica de Água 21, uma usina-piloto de tratamento especializada em purificar esgoto e injetá-lo de volta no solo (veja o infográfico), para reencher o lençol. Hoje, além do aqüífero permanentemente cheio, Orange County evita a contaminação pela água do mar e garante seu próprio abastecimento. Com esgoto? Exatamente. “No subsolo, a água do reúso, devidamente tratada, acaba se diluindo na água fresca subterrânea”, explica Aldo Rebouças, da USP. As próprias rochas do subsolo, que são porosas, ajudam a filtrar naturalmente toda a massa líquida. “Depois de um ano ela está purificada”, diz Rebouças.
Não é só a Califórnia que recicla água. “No Arizona, 80% do esgoto também volta às torneiras”, afirma Andy Richardson, da empresa de engenharia ambiental Greeley e Hansen, em Phoenix. “Reúso é a palavra-chave quando se fala em gestão de recursos hídricos”, ressalta o engenheiro ambiental Ivanildo Hespanhol, da USP. Reciclar água representa não só alívio para as reservas do líquido como também para o bolso do consumidor. Em países ricos e carentes de fontes naturais, como o Japão, a retirada de água fresca dos reservatórios é taxada pesadamente. Sai bem mais barato reutilizar. “Em 1997 o país reutilizou 77,9% de toda a água destinada à indústria”, afirma Haruki Tada, do Departamento de Recursos Hídricos da Agência Nacional da Terra. Os rejeitos da indústria ficam por lá mesmo. São empregados também para lavar os trens e metrôs e irrigar jardins públicos. No Brasil – só pra você acordar –, tudo é feito com água potável.
Brasil tem escassez na fartura
Imagine um país que detém, sozinho, 16% do total das reservas de água doce do
planeta. Que tem ao mesmo tempo o maior rio e o maior aqüífero
subterrâneo do mundo. Que, para causar inveja, ainda apresenta índices recorde
de chuva. Esse país existe. E, como você sabe, suas maiores
cidades sofrem racionamento de água.O Brasil não usa nem 1% do seu potencial de água doce. Ainda assim, metrópoles como São Paulo e Recife enfrentam colapso no abastecimento público. O que acontece? Segundo os especialistas, o problema é só mau gerenciamento. “Temos rios degradados, índices de perda assustadores nas companhias de água e um desperdício inconcebível por parte da população”, enumera José Almir Cirilo, presidente da Associação Brasileira de Recursos Hídricos, em Recife. É claro que o crescimento desordenado das cidades ajuda a piorar. “Sem planejamento não há proteção de nascentes nem dos reservatórios naturais. Isso custa caro para as companhias e para a sociedade, pois depois será preciso despoluir a água ou trazê-la de outro lugar”, diz a coordenadora do Programa Nacional de Combate ao Desperdício de Água, Claudia Albuquerque.
São Paulo, que este ano começou a racionar depois de apenas dois meses de seca, é um caso exemplar. A cidade matou sua maior fonte de água, o Rio Tietê. Hoje, é obrigada a tirar metade do que consome de uma bacia hidrográfica vizinha, a do Rio Piracicaba. A Companhia de Água e Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) fornece a cada um dos 16 milhões de moradores da região metropolitana 370 litros de água por dia – o triplo do mínimo necessário para uso humano. Só que o desperdício na rede de água chega a quase 40% – o equivalente à média brasileira –, enquanto o aceitável no mundo é metade disso! Toda essa água escapa por furos nos canos, redes defeituosas carantes de manutenção e por ligações clandestinas
São Paulo joga fora, por dia, 1 bilhão de litros de água. Isso equivale ao volume da Represa de Guarapiranga, um dos seus quatro reservatórios. Para compensar as perdas, há anos os depósitos são explorados acima da recarga média – tira-se mais água por dia do que os rios e as barragens conseguem repor. Deu no que deu.
O desperdício nosso de cada dia
Se as perdas de água na rede pública são difíceis de controlar, dentro de
casa elas não podem sequer ser medidas. “O brasileiro é acostumado a uma conta
de água barata e não faz o menor esforço para evitar o desperdício”, reclama o ecólogo José Galízia Tundisi. A água
pode vazar pelo ladrão de caixa-d’-água com defeito. Ou ser empregada além do
necessário para tarefas cotidianas. Tomando banho com o chuveiro ligado durante
15 minutos, você joga fora 242 litros de água pura – suficiente para
escandalizar um israelense –, quando é possível gastar só 81 litros para
isso.As maiores vilãs domésticas são as válvulas convencionais de descarga. Elas usam nada menos que 40% de toda a água da casa. Cada segundo que você fica com o dedo na descarga são 2 litros de água que entram – aliás, saem – pelo cano. Seu amigo israelense ficaria louco.
Para combater o desperdício doméstico, muitos países precisaram baixar leis rigorosas. Nos Estados Unidos, todas as casas construídas depois de 1995 são obrigadas a ter descargas com caixas de 6 litros, bem mais econômicas. “Hoje é proibido até vender peças de descarga convencional no país”, diz Clyde Wilber, da Greenley e Hansen, em Washington. Como as novas caixas são bem mais caras, os americanos tentaram dar um jeitinho: passaram a contrabandear descargas do Canadá. O governo endureceu. “Se alguém te pega com uma válvula convecional na mala, você pode ir pra cadeia”, conta Wilber.
No Japão já existem programas de reciclagem dentro de casa. Além dos canos que trazem água potável, os prédios ganharam um segundo sistema hidráulico, que recolhe e trata a água para o reúso (veja o infográfico). O sistema ainda é experimental e, por enquanto, custa caro. Mas pode ser uma alternativa para aproveitar cada gota num mundo onde o líquido precioso está cada vez mais escasso. Prepare-se. Na era da falta d’água, mesmo você, felizardo brasileiro que possui 16% da reserva potável do mundo, vai pagar mais caro por ela.
http://super.abril.com.br/ciencia/era-falta-d-agua-441456.shtml
a escassez da água.
A Escassez de Água no Planeta
A escassez da água é uma questão
cada vez mais preocupante em todo mundo. O esgotamento dos recursos hídricos
tornou-se realidade em algumas regiões do planeta, de modo que muitos países já
sofrem extremamente com o problema. Estima-se que 18% da população mundial não
tenham água disponível para suprir suas necessidades e em 2050 as estimativas
são ainda mais catastróficas: caso a situação atual não se altere, três quartos
dos habitantes da Terra não terão acesso a este recurso essencial à
vida.
Embora vivamos num planeta abastado deste líquido
precioso, 97,5% dele encontra-se nos mares e oceanos. A água doce representa
apenas 2,5% e, deste percentual, apenas 22% podem ser diretamente aproveitados,
por meio de rios, lagos e aquíferos subterrâneos. O restante está acumulado nas
geleiras e montanhas.
Conforme a dinâmica natural, mesmo
esta pequena parcela de água consumível não deveria se esgotar, uma vez que,
através do seu ciclo, segue em contínua renovação. Acontece que a ação humana
vem degradando-a através da poluição ambiental, do mau uso e do desperdício, o
que acaba sendo acentuado pelo crescimento demográfico e, por consequência, pelo
aumento do consumo.
O ESTRESSE
HÍDRICO
A questão da falta de água não se
dá somente em consequência da ação antrópica. A distribuição deste recurso não
ocorre de maneira igualitária em todas as regiões da Terra. Geograficamente,
certos países possuem muito mais água do que outros. Enquanto o Canadá e o
Brasil, por exemplo, detêm enorme capacidade hídrica, países do norte da África,
do Oriente Médio e a China enfrentam problemas graves com a carência de
água.
Quando a questão geográfica une-se
à falta de chuvas e a problemas sociais e econômicos, como pobreza e alto
crescimento populacional, regiões vivenciam o chamado “estresse hídrico”. É o
caso da África Subsaariana, região que, mesmo com potencial hídrico “razoável”,
não apresenta infra-estrutura e gerenciamento eficazes para o aproveitamento da
água, não proporcionando saneamento básico aos habitantes. Tudo isso acaba por
acarretar um dos piores quadros de escassez de água no planeta. Em casos
extremos, prevê-se que um africano sobreviva com 10 litros de água por dia, ao
passo em que um canadense dispõe de 600 litros.
Coisa semelhante já ocorre com a
China e pode acentuar-se nas próximas décadas. A enorme população e o
crescimento econômico e industrial, que geram a poluição dos recursos hídricos
com o lixo urbano, esgotos, resíduos industriais, etc. já causam a falta de água
em 50% das cidades chinesas.
CAUSAS E
CONSEQUÊNCIAS DA ESCASSEZ
Sem dúvida, a má utilização da
água e a poluição são os grandes responsáveis por esse problema, sendo possível
destacar a parcela de culpa da agropecuária e da atividade industrial. Em torno
de 65% da água do planeta é consumida pela agropecuária, que ainda não possui
técnicas econômicas e eficientes para o aproveitamento da água. Para se ter uma
ideia, cada quilo de carne produzido exige uma quantidade média de 15 mil litros
de água; 1 quilo de trigo, cerca de 1,5 mil litros. A indústria consome cerca de
24% da água do planeta, além de poluir lagos e rios, causando também perda de
biodiversidade.
Outras causas relevantes têm
ligação com a falta de consciência global, o que ocasiona desperdício; e com a
falta de estrutura no transporte de água dos reservatórios para as cidades - o
que ocasiona vazamentos.
As consequências são realmente
alarmantes. A carência de água prejudica a produção de alimentos, a economia em
geral, e provoca um alto índice de mortes por sede e por doenças. Na falta de
saneamento básico, estima-se que em torno de 2,2 milhões de pessoas morram por
ano em decorrência de doenças como malária, diarréia e cólera, causadas pelo
consumo de água contaminada.
Logicamente, dado o tamanho do
problema da escassez, muitos conflitos foram e ainda são gerados pela posse de
reservas de água. Neste sentido, podem ser citadas as guerras que ocorrem no
Oriente Médio, como a que se dá entre palestinos e israelenses, que lutam pelos
lençóis da Cisjordânia.
As previsões elucidam a
possibilidade de uma crise geral de água no planeta nas próximas décadas. O
crescimento populacional, a industrialização, e a urbanização das cidades são
fatores que evidenciam um aumento significativo no consumo de água. Acredita-se,
todavia, que o problema atual relacione-se muito mais ao gerenciamento e
distribuição da água do que à própria escassez.
Se quisermos propiciar um planeta
que reúna condições de sobrevivência às próximas gerações, é necessário que
busquemos a conservação dos bens naturais, baseada na perspectiva sustentável e
até nas pequenas ações individuais.
Assinar:
Postagens (Atom)